Algumas considerações sobre diferenciação de conceitos
referentes a projeto de aprendizagem; projeto de trabalho e situação de
estudos.
O projeto de aprendizagem apresenta um
propósito de promover aprendizado profundo através de um enfoque baseado em
indagações para engajar os alunos com questões e conflitos que sejam ricos,
reais e relevantes as suas vidas. As dúvidas e interesses do aluno irão gerar o
próprio projeto, pois haverá por parte dele interesse em resolver as suas
dúvidas. Vai ser gerado pelos conflitos, pelas perturbações nesse sistema de
significações, que constituem o conhecimento particular do aluno.
Nos projetos de aprendizagem incluem alguns
elementos fundamentais para o sucesso, como: aprendizagem deve ser centrada no
aluno ou promover que esse faça uso deliberado de sua autonomia; colaboração; componentes
Multidisciplinares; trabalho à longo prazo; não é preciso que o projeto seja
realizado em períodos de aula, ou apenas em tempo de aula e devem ser
orientadas aos resultados, com um estudo, apresentação e ação, como resultado
da indagação original.
"Temos
encontrado que esta inversão de papéis pode ser muito significativa. Quando o
aprendiz é desafiado a questionar, quando ele se perturba e necessita pensar
para expressar suas dúvidas, quando lhe é permitido formular questões que
tenham significação para ele, emergindo de sua história de vida, de seus
interesses, seus valores e condições pessoais, passa a desenvolver a competência
para formular e equacionar problemas. Quem consegue formular com clareza um
problema, a ser resolvido, começa a aprender a definir as direções de sua
atividade." (Léa Fagundes, Aprendizes do Futuro).
O desejo
de aprender do aluno é levado em conta, onde o saber do aluno é levado em
conta, onde o ser humano aluno é levado em conta. O que ainda falta é sabermos
nos movimentar nesse novo saber e conseguir auxiliar este aluno a desenvolver
sua inteligência e avançar em seu conhecimento e sabedoria.
O projeto de trabalho se
apresenta de diferentes formas. Pode ser de temas que o professor ou a escola
acham interessantes (Copa do mundo, por exemplo), sem a participação dos alunos
ou, então, é construir um projeto a partir de uma necessidade da turma previamente
diagnosticada, de forma a lançar desafios para toda a comunidade escolar e
edificar valores (Coletar água da chuva na escola). Pressupõe uma mudança de
postura do professor e uma rotina de escuta bastante séria, pois é ouvindo os
alunos e suas famílias que os problemas são identificados, dando origem aos
projetos de trabalhos.
Nenhum projeto de
trabalho pode ser definido sem antes ouvir os alunos e seus familiares. Sondar,
investigar, conversar é algumas das ações obrigatórias desse processo, para,
assim, poder levantar as necessidades do grupo. O primeiro passo de qualquer
projeto de trabalho precisa ser o diagnóstico situacional, que irá apontar os
conflitos, os problemas ou as demandas educacionais dos alunos.
Para organizar um projeto de trabalho, precisa-se partir de perguntas
chaves, como por exemplo: O que se pretende? (Título); Por quê? (Justificativa); Para
quê? (Objetivos); Como? (Metodologia); Com quem? (Recursos
Humanos); Com o quê? (Materiais); Quando? (Cronograma) e Avaliação
que deverá acompanhar todo o processo de execução
do projeto e deve estar vinculada a resolução dos problemas (explicitados na
justificativa) e ao alcance dos objetivos.
OBS: A criança deve sempre ser informada sobre o que irá estudar. Não se
podem traçar objetivos para uma turma e não apresentá-los a ela. A professora
precisa mostrar o resultado do diagnóstico: "Olha, turma, parece que
muitos de vocês têm vontade de estudar este assunto, então o nosso projeto será
sobre ele e vamos fazer tais e tais atividades”.
Situação de
estudo
é uma proposta pedagógica que busca romper com o ensino tradicional, fragmentado
e linear em seus conteúdos curriculares que ainda hoje vem sendo trabalhado nas
escolas mesmo não atendendo mais as necessidades e expectativas dos estudantes.
LEITURA COMPLEMENTAR
Com
a reforma do sistema (1998), onde se propõem a flexibilidade e a autonomia
oferecidas às escolas; precisamos desenvolver projetos pedagógicos e ou
curriculares propriamente ditos, que envolvam dois conceitos essenciais: a interdisciplinaridade
e a contextualização. Cada grupo de professores tem liberdade para adaptar os
conteúdos ao contexto social, geográfico e econômico da escola. O mesmo vale
para a integração entre as disciplinas que deve ser feita
de acordo com o perfil dos estudantes. Na prática, é necessário
reinventar a escola.
Políticas Públicas. Disponível em:< http://revistaescola.abril.com.br/politicas-publicas/modalidades/especial-ensino-medio-425400.shtml> Acessado em: 23 de maio de 2013.
Todos os tipos de projetos exigem trabalho coletivo,
planejamento das etapas, pesquisa em várias fontes, capacidade de síntese e
diferentes técnicas de apresentação. Ou seja, uma oportunidade para desenvolver
diversas competências. "É a melhor forma de desconstruir a cultura antiga,
pois não dá para trabalhar assim só com uma disciplina", analisa Carlos
Jamil Cury, do Conselho Nacional de Educação. Segundo ele, um bom jeito de
começar a mudar é, no início, tocar um projeto por semestre. Em seguida, dois.
Mais tarde, três. "Sem pressa fica mais fácil criar uma cultura."
Ler o mundo significa mais do que ser capaz de ler um
texto. É necessário aprender outras linguagens além da escrita. Gráficos, estatísticas,
desenhos geométricos, pinturas, desenhos e outras manifestações artísticas, as
ciências, as formas de expressão formais e coloquiais tudo deve
ser lido e tem códigos e símbolos específicos de decifração. Quando um
aluno está diante de um problema matemático, precisa ser capaz de interpretar a
pergunta para entender que tipo de resposta é esperada. Idem para quem busca
extrair conclusões de uma tabela de censo demográfico. Se o professor pede para
escrever cartas a destinatários diferentes, o estudante tem de escolher o
estilo e o vocabulário adequados a cada situação.
A situação-problema surge quando o professor cria um
desafio cuja superação faz com que o aluno aprenda alguma coisa. É uma maneira
de inverter o tradicional sistema de "transmissão de conhecimento".
Em vez de oferecer a resposta certa, o caminho é fazer a pergunta certa e, com
base em algumas coordenadas que ajudem a situar a questão, incentivar a
garotada a encontrar essa resposta certa. Uma situação-problema típica é o trabalho
por projetos didáticos, quando o grupo é desafiado a empreender algo. Os
estudantes partem de algumas informações, definem um objetivo e traçam um
caminho para alcançá-lo. "Muitos de nós, na escola e fora dela, ficamos
rapidamente desinteressados quando recebemos apenas boas respostas",
afirma Lino de Macedo, do Instituto de Psicologia da USP. "Mas não conheço
ninguém que não se sinta motivado diante de um problema."
Ao coletar informações em diferentes bancos de dados, como a internet, fontes orais e livros e jornais da própria biblioteca da escola, extraindo de cada uma, o que interessa para a execução do projeto, o aluno desenvolve operações mentais de altíssimo valor para a tomada de decisões. Por isso, vale a ressalva. "Existe o risco de ele se perder diante de tantas fontes de informação", destaca Nilson Machado, da Faculdade de Educação da USP. "É essencial que se tenha um mapa de relevâncias capaz de estabelecer o que é importante para aquele determinado objetivo. Nada é relevante ou irrelevante por si, mas sempre em relação a um contexto." Fazem parte do conjunto de habilidades ligadas a essa competência as ações de identificar, caracterizar, relacionar, confrontar, calcular, prever, analisar, organizar e contextualizar diferentes informações, extraindo dessas operações a resposta certa ou um produto final, no caso dos projetos didáticos.
Ao coletar informações em diferentes bancos de dados, como a internet, fontes orais e livros e jornais da própria biblioteca da escola, extraindo de cada uma, o que interessa para a execução do projeto, o aluno desenvolve operações mentais de altíssimo valor para a tomada de decisões. Por isso, vale a ressalva. "Existe o risco de ele se perder diante de tantas fontes de informação", destaca Nilson Machado, da Faculdade de Educação da USP. "É essencial que se tenha um mapa de relevâncias capaz de estabelecer o que é importante para aquele determinado objetivo. Nada é relevante ou irrelevante por si, mas sempre em relação a um contexto." Fazem parte do conjunto de habilidades ligadas a essa competência as ações de identificar, caracterizar, relacionar, confrontar, calcular, prever, analisar, organizar e contextualizar diferentes informações, extraindo dessas operações a resposta certa ou um produto final, no caso dos projetos didáticos.
Não basta ter as informações certas. É preciso construir
argumentos válidos e agir. Isso vale para a vida, no mundo do trabalho e,
claro, na sala de aula.
Trabalhos em grupo exigem dos estudantes intensa
capacidade argumentativa e exercitam valores como tolerância e respeito às
diferenças. Tão importante quanto saber argumentar é ter a capacidade de ouvir.
Apresentar duas ideias opostas sobre um tema e pedir um texto que leve ambos em
consideração é mais um ótimo jeito de construir esta competência — que, ao contrário do que supõe uma leitura apressada, não diz
respeito apenas à linguagem oral.
O melhor antídoto é despertar o sentimento de
solidariedade por meio de ações concretas de intervenção na realidade.
"Felizmente, essa competência vem sendo trabalhada de maneira sistemática
em todo o país", afirma Eny Maia, secretária municipal de Educação de São
Paulo. "É comum ver projetos que envolvem a adoção de uma praça ou rio ou
o mapeamento do entorno escolar como forma de conhecer a realidade para depois
propor intervenções."
A
partir desta leitura compreendi que situação de estudo é trabalhar com projetos
voltados a interdisciplinaridade e a contextualização com a área;
planejado e aplicado no coletivo.
Podemos escolher o tema e os alunos auxiliam com os
subtemas e desenvolvem suas pesquisas de várias formas e o trabalho é
socializado e avaliado no coletivo.
O Instituto Estadual de Educação –Érico Veríssimo- Três
Passos; em suas reuniões pedagógicas estão desenvolvendo vários Temas, que após
os alunos escolherem seus subtemas, os docentes se encontram e cada um
participa de forma que venha a contribuir no trabalho do aluno dentro de sua
disciplina.
Um exemplo desta atividade organizada e produzida com o grupo
de docentes da entidade escolar esta sendo coordenada pelo grupo de professores
de cada turma, com seus devidos Temas.
A Turma 113 , orientada por mim, professora Margaret
Mocelini, está no seguinte estágio de estudos.
Turma: 113
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Orientadora Profe: Margaret Mocelini
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Eixo:
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CULTURA E ARTE
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Tema:
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Conhecendo a cultura do Rio
Grande do Sul enfatizando Érico Veríssimo
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Grupos
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Subtemas
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Componentes
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Grupo 01
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Culinária típica do Rio
Grande do Sul
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Enckel Cristina Doepper,
Luana S da Veiga, Ana Luiza Dalferth, Julia Grassi
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Grupo 02
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História da Dança Alemã no
Rio Grande do Sul
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Gabriele Leticia Schneider,
Karin Leticia Welter dos Santos, Jaciana Konzen Porto
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Grupo 03
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Música Gaúcha
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Delis Jaine Andrade, Tiele
Lais Kappaun, Mônica Marcela Neckel, Bruna dos Santos
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Grupo 04
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Ponto turístico: Salto do
Yucumã
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Danrlei Felipe Gonçalves
Heineck, Carlos Andre Ratzlaff, Léo Michel Canova Carré
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Grupo 05
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Vestimentas gaúchas
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Kaliandra Pedrolo Bartz,
Bruna Cardozo Essenburg, Lucas David Cervo
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Grupo 06
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Vida e obras de Érico
Veríssimo
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Daiana Eliege Streit, Rafael Volino Schlindwein, William Daniel Roos
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Grupo 07
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Humoristas do Rio Grande do
Sul
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Gabriel Alexsander Barboza
Prates, Guilherme Felipe da Silva Balem, Mateus Bueno
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Grupo 08
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Folclore gaúcho
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Eduarda Glitzerhirn
Nessler, Bruna Raquel Lang, Rafaela Karina Faccin
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Planejamento do Trabalho de
Estudos desenvolvido no Politécnico com a Turma 113 do Instituto Estadual de
Educação Érico Veríssimo – Três Passos.
Coordenado pela Professora Margaret Mocelini
da Área de Ciências da Natureza; envolvendo todos os professores da Turma.
Decidimos trabalhar o Eixo Temático:
Arte e Cultura
Dentro deste Tema os alunos
se organizaram em grupos e formaram seus Subtemas utilizando sua curiosidade e
sua preferência relacionando com conteúdos da Área das Ciências Humanas e das
Linguagens.
Os Subtemas estão elencados
na tabela acima.
Os professores se encontraram
por Área e planejaram de que maneira poderiam contribuir com os grupos, sendo
que, ficou distribuído da seguinte forma:
Ciências Humanas
História (Memórias; Tradição
e Poder)
Geografia (Salto Yucumã;
Relevo e Patrimônio Cultural)
Filosofia (Conceito de
Cultura e Poder)
Ensino Religioso (Consumismo)
Língua Espanhol (Influência
do povo Argentino na Formação do Rio Grande do Sul)
Artes (Papel da Arte na
Sociedade)
Literatura (Linguagem
Sensorial: Épocas e Estilos)
Português (Linguagem Verbal;
Não Verbal e Corporal)
Os alunos estão produzindo seus
projetos de pesquisa e nas próximas semanas iniciarão as apresentações para dar a
sequência do trabalho (desenvolvimento).
Com o passar dos dias iremos
enviar os trabalhos que os alunos estão produzindo pelo endereço http://politecnicoerico.pbworks.com
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